segunda-feira, 18 de abril de 2011

A teoria do construcionismo e a tecnologia na educação

O construcionismo é uma teoria proposta pelo cientista Seymour Papert, e diz respeito à construção do conhecimento baseada na realização de uma ação concreta que resulta em um produto palpável, desenvolvido com o concurso do computador, que seja de interesse de quem o produz.
A esse termo frequentemente se associa o adjetivo contextualizado, na perspectiva de destacar que tal produto - seja um texto, uma imagem, um mapa conceitual, uma apresentação em slides - deve ter vínculo com a realidade da pessoa ou com o local onde será produzido e utilizado.
O construcionismo implica numa interação aprendiz-objeto, mediada por uma linguagem de programação, como é o caso do Logo.
O referido termo também é trabalhado em uma perspectiva denominada crítica, onde Alipio de Souza, professor de Ciências Sociais da UFRN e colaborador do programa de pós graduação em Filosofia na mesma universidade, propõe o construcionismo crítico como uma vocação das ciências humanas, tomando a realidade como construtor social passível de uma abordagem geral por diversos teóricos que partilham desse preceito comum, numa perspectiva de que a realidade se constrói socialmente mediante o concurso da ação humana.
O construcionismo é uma teoria que tem como base o construtivismo e, portanto vê o aluno como construtores de suas estruturas intelectuais. No entanto, o construcionismo inclue a necessidade de construção de um artefato externo.
A seguir, algumas relações que podem ser estabelecidas a partir das bases construcionistas:
Conceito de aprender – construir relações.
Como se aprende – levantamento de hipóteses, teste, re-elaboração das hipóteses, novo teste... processo recursivo.
Papel do aprendiz – agente, construtor, aquele que levanta hipóteses, testa e cria.
Ensinar – facilitar, através da criação de um ambiente cuja tônica seja a proposição de desafios, desequilíbrios e questionamentos que ponham em cheque as hipóteses do aluno, ajudando-o na sistematização dos resultados.
Papel do formador – provocar o aluno a pensar sobre o objeto de estudo, indagar o aluno sobre o que está ocorrendo e o que ele pensa que vai ocorrer; propor diante de situações novas comparações com situações conhecidas; estabelecer com o aluno, uma relação de companheirismo e cordialidade.
Conceito de erro – resultado inesperado. Algo para ser estudado e para se refletir sobre.
Avaliação – acompanhamento das hipóteses do aprendiz, do seu raciocínio cognitivo, estratégias que utiliza para que seja encaminhado ao próximo passo.

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