sexta-feira, 29 de abril de 2011

Converta seus arquivos de áudio e vídeo utilizando os formatos mais comuns

Quantas vezes nos deparamos com as expressões do tipo “esse tipo de arquivo não pode ser executado” ou outras parecidas? E o pior é que muitas vezes não sabemos o que fazer. Sem falar que de repente alguém lhe sugere um programa através do qual você poderá converter seu arquivo para um outro formato que poderá ser executado e você encara, com o programa, uma maratona de “arrodeios” que mais nos faz desistir.

Pois, assim como nos artigos Blog, Orkut, Ação: uma experiência no ensino de Língua Portuguesa – Parte I e O Orkut em um projeto de aprendizagem, venho trazer-lhes mais uma sugestão de como lidar melhor com essas novas tecnologias.
Aero Converter  é um conversor de mídia pequeno, leve e elegante, cuja principal função é codificar arquivos de áudio e vídeo nos formatos mais usados, dentre eles: AVI, FLV, MOV, MP3, MP4, MPG, WAV e WMV.
O programa foi desenvolvido para executar rapidamente as operações de conversão e otimizar a qualidade do vídeo tanto para CD como para DVD. Com quase todos os formatos fornecidos, você pode usar a opção HQ para converter vídeos em alta definição!
Leve e pequeno, mas dá conta do recado
O programa fica localizado na bandeja do sistema, um local de fácil acesso onde você pode rapidamente realizar suas conversões sempre que quiser.
Se você quiser alocar mais do que o número padrão de segmentos ou agilizar o desempenho para uma conversão mais rápida, basta acessar o menu de opções e selecionar o número de threads que você deseja usar. Você pode desativar a opção "auto file title", desativar a sobrescrita no disco e selecionar o método "post conversion notification", que exibe uma mensagem na tela ou toca um som quando a conversão finalizar.
Convertendo arquivos
Para começar, selecione o arquivo desejado para convertê-lo no programa. Este arquivo, após convertido, terá um novo destino. Digite o caminho para a saída (Out), para que seu arquivo seja convertido e destinado à pasta que você especificou. Agora selecione o formato desejado e clique em "Start", no canto superior esquerdo da tela, para iniciar a conversão. Simples e rápido.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mudanças que as novas tecnologias de comunicação favorecem

Cada tecnologia modifica algumas dimensões da nossa inter-relação com o mundo, da percepção da realidade, da interação com o tempo e o espaço. Antigamente o telefone interurbano -por ser caro e demorado- era usado para casos extremos. A nossa expectativa em relação ao interurbano se limitava a casos de urgência, economizando telegraficamente o tempo de conexão. Com o barateamento das chamadas, falar para outro estado ou país vai tornando-se mais habitual, e ao acrescentar o fax ao telefone, podemos enviar e receber também textos e desenhos de forma instantânea e prazerosa.
O telefone celular vem dando-nos uma mobilidade inimaginável alguns anos atrás. Posso ser alcançado, se quiser, ou conectar-me com qualquer lugar sem depender de ter um cabo ou rede física por perto. A miniaturização das tecnologias de comunicação vem permitindo uma grande maleabilidade, mobilidade, personalização (vide walkman, celular, notebook...), que facilitam a individualização dos processos de comunicação, o estar sempre disponível (alcançável), em qualquer lugar e horário. Essas tecnologias portáteis expressam de forma patente a ênfase do capitalismo no individual mais do que no coletivo, a valorização da liberdade de escolha, de eu poder agir, seguindo a minha vontade. Elas vêm de encontro a forças poderosas, instintivas, primitivas dentro de nós, às quais somos extremamente sensíveis e que, por isso, conseguem fácil aceitação social.
A tecnologia de redes eletrônicas modifica profundamente o conceito de tempo e espaço. Posso morar em um lugar isolado e estar sempre ligado aos grandes centros de pesquisa, às grandes bibliotecas, aos colegas de profissão, a inúmeros serviços. Posso fazer boa parte do trabalho sem sair de casa. Posso levar o notebook para a praia e, enquanto descanso, pesquisar, comunicar-me, trabalhar com outras pessoas à distância. São possibilidades reais inimagináveis há pouquíssimos anos e que estabelecem novos elos, situações, serviços, que, dependerão da aceitação de cada um, para efetivamente funcionar.
Para atualizar-me profissionalmente posso acessar cursos à distância via computador, receber materiais escritos e audiovisuais pelo WWW (tela gráfica da Internet, que pode captar e transmitir imagens, sons e textos). Estamos começando a utilizar a videoconferência na rede, que possibilita a várias pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalhar juntas, trocar informações, aprender e ensinar. Muitas atividades que nos tomavam tempo e implicavam em deslocamentos, filas e outros aborrecimentos, vamos poder resolvê-las através de redes, esteja onde estiver. Até  poucos anos íamos várias vezes por semana ao banco, para depositar, sacar, pagar contas...
Hoje em alguns terminais eletrônicos podemos realizar as mesmas tarefas. Estamos começando a fazer as mesmas tarefas sem sair de casa. Também estamos começando a poder fazer o supermercado sem sair de casa, a comprar qualquer objeto via telemarketing. Isto significa que o que antes justificava muitas das nossas saídas, hoje não é mais necessário.
A partir de agora, só sairemos quando acharmos conveniente, mas não para fazer coisas externas por obrigação. Sairemos porque queremos, não por imposição das circunstâncias.

Cada inovação tecnológica bem sucedida modifica os padrões de lidar com a realidade anterior, muda o patamar de exigências do uso. Com o aumento do número de câmeras, torna-se normal mostrar, no futebol, vôlei ou basquete, a mesma cena com vários pontos de vista, de vários ângulos diferentes. Quando isso não acontece, quando um gol não é mostrado muitas vezes e de diversos ângulos, sentimo-nos frustrados e cobramos providências. Antes do replay precisávamos ir ao campo para assistir um jogo.
Com a televisão ao vivo, sem videotape, dependíamos da câmera não ter perdido o lance e só podíamos assisti-lo uma vez. Depois o replay foi uma grande inovação, mas era difícil de operar e ficávamos felizes quando havia uma repetição -a mesma- do mesmo lance. Hoje repetir, com muitas câmeras, que nos dão diversos pontos de vista é o normal e foi incorporado a narrativa. Nossas expectativas vão modificando-se com o aperfeiçoamento da tecnologia.
Uma mudança significativa - que vem acentuando-se nos últimos anos - é a necessidade de comunicar-nos através de sons, imagens e textos, integrando mensagens e tecnologias multimídia. O cinema começou como imagem preto e branco. Depois incorporou o som, a imagem colorida, a tela grande, o som estéreo. A televisão passou do preto e branco para o colorido, do mono para o estéreo, da tela curva para a plana, da imagem confusa para a alta definição. Estamos passando dos sistemas analógicos de produção e transmissão para os digitais. O computador está integrando todas as telas antes dispersas, tornando-se, simultaneamente, um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer. A mesma tela serve para ver um programa de televisão, fazer compras, enviar mensagens, participar de uma videoconferência.
A comunicação torna-se mais e mais sensorial, mais e mais multidimensional, mais e mais não linear. As técnicas de apresentação são mais fáceis hoje e mais atraentes do que anos atrás, o que aumentará o padrão de exigência para mostrar qualquer trabalho através de sistemas multimídia. O som não será um acessório, mas uma parte integral da narrativa. O texto na tela aumentará de importância, pela sua maleabilidade, facilidade de correção, de cópia, de deslocamento e de transmissão.
Com o aperfeiçoamento nos próximos anos da fala através do computador e como não necessitaremos de um teclado, dependeremos menos da escrita e mais da voz. Dependeremos menos do inglês para comunicar-nos porque disporemos de programas de tradução simultânea.
Com o aperfeiçoamento da realidade virtual, simularemos todas as situações possíveis, exacerbaremos a nossa relação com os sentidos, com a intuição. Vamos ter motivos de fascinação e de alienação. Podemos nos comunicar mais ou nos alienar muito mais facilmente que antes. Se queremos fugir, encontraremos muitas realidades virtuais para fugir, para viver sozinhos, inclusive.
Porém, nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Por isso o grande (re)encantamento temos que fazê-lo conosco, com a nossa mente e corpo, integrando nossos sentidos, emoções e razão. Valorizando o sensorial, o emocional e o lógico. Desenvolvendo atitudes positivas, modos de perceber, sentir e comunicar-nos mais livres, ricos, profundos. Essa atitude (re)encantada de viver potencializará ainda mais nossa vida pessoal e comunitária, ao fazer um uso libertador dessas tecnologias maravilhosas e não um uso consumista, de fuga.

Blog, Orkut, Ação: uma experiência no ensino de Língua Portuguesa - Parte I

Eu devo ser uma das poucas pessoas que consegue viver emoções fortes em um emprego público. Todo mundo sabe que a tão almejada estabilidade no emprego vem acompanhada de um tédio profundo em atividades que se repetem continuamente, ad infinitum (que no caso, é a aposentadoria compulsória por causa dos baixos salários da categoria). Comigo tem sido diferente, é uma surpresa atrás da outra, e assim, certamente, terei muitas histórias para contar...
Lembro bem o dia, há pouco mais de dois anos, passava um pouco das 17h, quando recebo um e-mail dizendo que eu comparecesse no dia seguinte na Secretaria de Educação do Estado com todos os meus documentos pois eu havia sido selecionado para o Curso de Especialização (Pós-Graduação) em Tecnologias na Educação da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Paralizei em frente ao computador! Realizara um sonho!!
Fazer o curso não foi fácil, pois foi numa época de muito trabalho, muitas vezes sendo as madrugadas os horários que me restavam para estudar. Meio a isso vieram coordenações pedagógicas em instituições de ensino, coordenação em programas de inclusão digital, oficinas de educação digital, minicursos de Linux, Programas de Formação de Professores em Educação Digital... Atualmente, estou a ministrar um curso de Tecnologias em Educação, semipresencial, pelo MEC.
Pense numa novidade! As horas presenciais são comuns como as outras, mas as horas a distância é de uma permanente atenção, e essas acontecem através de um Ambiente Colaborativo de Aprendizem, o e-Proinfo (ou Proinfo eletrônico). É preciso está acompanhando os debates dos cursistas nos Fóruns e até está intermediando estes, acompanhando as postagens na Biblioteca, orientando as edições de textos, gerenciando e-mails... Promovendo uma verdadeira integração entre as tecnologias da informação e da comunicação, uma metodologia baseada na teoria do Construcionismo.
Mas em fim, era chegada a hora de apenas dizer como os outros deveriam utilizar as tecnologias na educação, arregaçar as mangas e fazer. Em que pese o curso de formação de professores com a integração de tecnologias já seja um “arregaçar de mangas e fazer”. Só que num espaço como no ensino fundamental, que não possui um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem pré-definido, e com adolescentes e não professores, a realidade é diferente.
Um fato é que, estando na coordenação pedagógica de uma escola de ensino fundamental, fui convidado a dá aulas de língua portuguesa em duas turmas do 9º ano, pois que tenho curso de aperfeiçoamento em Ensino de Língua Portuguesa, Matemática e Cidadania (IFRN). Ufa! A proposta do ensino de língua portuguesa baseada na teoria da interação verbal, com competências em gêneros textuais... Na era da informação e do conhecimento... Da internet... Das redes sociais... Nos chama a um desafio e uma responsabilidade diferenciada.
Começamos trabalhar com caracterização e diferenciação de gêneros textuais, estruturação e produção do texto. A experiência da produção teve ênfase no gênero chamado “conto”. As turmas, num total de 46 estudantes, deram início as suas produções, porém, propositadamente, diferente do que costumava fazer, para que pudesse observar melhor o comportamento dos estudantes em cada etapa do projeto, não anunciava a fase seguinte.
Começamos com eu contando para as turmas algumas peraltices da minha infância (memórias) e em seguida procurando estimulá-los a lembrar e contar as suas. Apareceram as mais belas histórias. Agora a ideia seria transformá-las em Contos e os estudantes logo encaminharam as primeiras escritas. De uma forma um meio “relaxado”, inclusive!
Ontem a noite, quando cheguei para os estudantes, os informei da proposta de que seria elaborado um portfólio virtual (um Blog!) onde seriam postados todos os contos. Em silêncio, observei que os estudantes se entreolhavam e voltavam a reler seus textos, alguns começavam a rabisca-los. Logo ouvi uma vóz, baixinho: “Vou refazer o meu conto!”. Não entregar o texto apenas para que o professor visse e devolvesse talvez rabiscado ou com alguma nota, e que seria publicado para leitura e interação com muitos outros, certamente faria alguma diferença para o escritor. Inclusive, ao final do horário, já havia voluntários de mais para confeccionar e gerenciar as postagens no Blog.
“Então temos que trazer digitado?” - “Trago num CD, né?” – “Posso trazer num pendrive?”.  
- Não! Vocês me enviam pelo Orkut. – Respondi!
... E logo, num próximo post, assim que concluirmos a experiência, relatarei os resultados dos trabalhos!

domingo, 24 de abril de 2011

As redes sociais na Educação: a realidade mudou, e agora?

As redes sociais da Internet estão cada vez mais presentes no dia-a-dia de alunos, professores e das pessoas em geral. No entanto, essas ferramentas ainda são muito pouco exploradas em sala de aula. Muitas vezes o acesso a esse tipo de recurso é vetado nas escolas, em função do “medo” de que o aluno se interesse por assuntos que não estejam diretamente ligados ao conteúdo pedagógico.
Para Vanessa Bohn, pesquisadora da UFMG, sobre o uso de recursos da web 2.0, essa preocupação das escolas não procede. “Atualmente é quase impossível não associarmos tecnologia à Educação. Nossos filhos pertencem à geração Web ou WWW, já nasceram contextualizados com a Internet, download, celular, aparelhos de MP3, vídeo-games, entre outros recursos tecnológicos, o que chamamos de nativos digitais. Dessa forma fica mais fácil para os professores utilizarem essas novas tecnologias na Educação”.
A pesquisadora acrescenta que um dos maiores obstáculos para a utilização de novas tecnologias na Educação está justamente na resistência dos professores. “Sabemos que tem professor que não se adapta quando o assunto é tecnologia. Mas isso, a meu ver, tem mudado graças aos fóruns de discussão, blogs e congressos sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação”.
A historiadora e Doutora em Educação Lilian Starobinas, também defende uma maior proximidade dos professores com as novas tecnologias disponíveis. “A melhor forma do professor se preparar é começar a lidar com essa variedade de recursos. Se ele tornar-se usuário da Internet em sua vida pessoal e profissional, participar de fóruns com outros colegas, pesquisar blogs que relatem experiências e teçam reflexões, em breve se sentirá em condições de ter suas próprias iniciativas”.
Essas novas tecnologias devem funcionar como “catalisadores da reinvenção da escola”. É claro que elas não são a tábua de salvação da Educação, mas também não devem ser evitadas a todo custo pelos educadores. Numa sociedade em que tudo muda muito rápido, todos os profissionais, e não seria diferente para os professores, devem ficar atentos à sua própria formação para sondar as novas tecnologias, filtrar as ferramentas que não acrescentam mudanças positivas nas práticas educativas e se apropriar daquelas que podem catalisar uma nova escola, adequada à Era da Informação e do Conhecimento.
Sobre a utilização das redes sociais pelos professores, Vanessa Bohn destaca que elas podem favorecer o ensino e ampliar o que é aprendido em sala de aula. Dentro das redes sociais a palavra chave é colaboração. Dessa forma, professores e alunos assumem o papel de colaboradores para a troca de conhecimento.
Um aspecto positivo é a participação ativa dos alunos na construção de sua própria aprendizagem e colaborando com os seus pares. O uso das redes sociais pode ser feito na própria escola, caso exista um laboratório de informática, nas lan houses ou na casa dos alunos. Ao pensar em trabalhar redes sociais na escola e ter de escolher entre o Orkut e a rede Ning, uma sugestão é escolher a Ning pelo fato dela ter mais características de um ambiente virtual de aprendizagem com mais recursos de interação.
Uma verdade é que não existe uma fórmula pronta para se trabalhar o conceito de redes sociais em sala de aula. Nem mesmo de como utiliza-las como ambientes virtuais de aprendizagem, muito depende do desafio e da criatividade do formador.
A rede é um espaço social e, como todo o espaço social, é também um espaço de Educação e aprendizado. Cabe aos professores explorarem essas potencialidades com criatividade, procurando entender como seus alunos utilizam essas ferramentas e, a partir desse uso, inserir-se no processo e propor atividades que também estejam inseridas. A rede é um meio, nunca um fim. Já é uma característica do contexto, não mais uma realidade a ser proposta.

Ning: sua própria rede social

O Ning é um serviço para elaboração personalizada de sites web 2.0, que nos últimos dias tem passado por algumas atualizações, e vem sofrendo algumas paradas e bugs, mas ao mesmo tempo o Ning está bem estável e com um serviço mais limpo e melhor customizável.

A versão anterior trabalhava com redes de compartilhamento, vídeo e fotos separadamente, mas agora com novas funcionalidades, houve uma junção destas possibilidades, se tornando um serviço muito semelhante ao famoso MySpace. Com o Ning é possível administrar RSS feeds, fotos, fóruns, blogs e vídeos. Novas funções como widgets personalizáveis e fáceis de encaixar ao longo da página, facilitam a personalização da rede.
Há, inclusive, uma maior customização para usuários que quiserem participar da sua rede, sendo que cabe ao usuário definir se ela será pública ou não. Os temas ou templates ganharam nova força, que podem ser facilmente alterados com funções drag and drop e opção para carregar uma logo própria.
Lembrando que além de criar uma rede social sua você pode gerar rendimentos com ela, segundo o FAQ do Ning, você poderá colocar publicidade na sua rede por um investimento de $19,95 por mês ou ainda ter a sua rede em um domínio próprio por uma quantia de $ 4,95 ao mês.
O Ning cresceu muito desde o lançamento, possui boas funções e se compara às grandes redes de relacionamento. Acredito que o site se encaixa bem na elaboração de redes de relacionamento direcionados, como para determinadas escolas, faculdades, empresas, grupo de amigos, bairros, festas periódicas ou bandas, nos quais as pessoas que frequentam estes lugares ou participam destas comunidades podem ter uma rede social específica, com interesses e relações próprias. São indefinidas as possibilidades, e o Ning é ótimo para isso!
No Blog do serviço há um vídeo demonstrativo do que se pode fazer com o Ning e uma “boa dose de criatividade”.

sábado, 23 de abril de 2011

As redes sociais em números

Em janeiro de 2011, o Orkut fez sete anos. E se consolida como o site mais acessado do Brasil. Fato que não acontece em outros países. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, 80% dos internautas brasileiros navegam por esse tipo de site, média superior à de países como Estados Unidos (67%) e Suíça (51%). Sem falar no tempo. Passamos um quarto do tempo online em sites de relacionamento - três vezes mais que os britânicos.
Segundo um estudo da empresa e.Life que atua no mercado de monitoramento de Redes Sociais há tempos, baseado no fato do Facebook ter ganho a liderança na India, até então do Orkut, estima que no Brasil em 2011 isso também aconteça. Mas muita calma nessa hora. Vamos por partes.
Em 2010 o Brasil ganhou 8 milhões de novos internautas. Em uma hipótese, se 100% dessa nova base se cadastrar no Facebook e não no Orkut, ainda sim, o Orkut ganha de lavada do Facebook no Brasil. No mundo, o Facebook passou os 500 milhões de usuários; o Orkut chega a 90 milhões. Grande maioria para o Facebook.
No Brasil, o Orkut está com cerca de 30 milhões de usuários ao passo que o Facebook não passa de 10 milhões, ou seja, o Facebook tem 33% dos usuários do Orkut. Se tem muitos "duplicados" é um outro ponto a analisar, eu mesmo tenho perfil em ambos, mas uso muito mais o Facebook.
Pesquisadores que analisam o fenômeno das redes sociais afirmam que elas já são mais populares que os e-mails. Mesmo sem ter o conceito formulado, a maior parte da população participa de alguma rede. Seja ela profissional, de relacionamento ou educacional. E a tendência é aumentar. O estudo divulgado pela Nielsen, em março, afirma que o tempo de navegação em redes sociais e blogs têm crescido a uma taxa três vezes maior que a média geral da internet. Enquanto o tempo na web em geral aumentou 18%, entre 2007 e 2008, o tempo dedicado aos sites sociais cresceu 63%, chegando a 45 bilhões de minutos.
E você? Como gasta o seu tempo na internet? Apesar do fenômeno, o líder do ranking continua sendo o serviço de busca online. Ou alguém duvida do poder do senhor Google? A crescente onda de relacionamento virtual alerta que teremos necessidades de soluções de telecomunicações para sustentar a "brincadeira". A IBM já está de olho tentando antecipar essas futuras demandas e encomendou uma pesquisa pelo seu Institute for Business Value (IBV). E o resultado foi:
Daqui a quatro anos, 90% do consumo de banda larga do tráfego da internet serão direcionados para as redes sociais. As aplicações que deverão crescer na carona desse novo mercado são a TV pela internet, com aumento de 104%, seguida pelas comunicações por vídeo (44%), games (30%) e a telefonia via internet banda larga, ou o VoIP, com 24%.
Quem imagina que as redes sociais são usadas basicamente para relacionamento pessoal é bom ficar ligado. Este estudo da IBM destaca também que as redes já são utilizadas para interação entre empresas, clientes e parceiros de negócios. Tanto que 55% dos profissionais agilizam o tempo de resposta com ferramentas de redes sociais e 36% pretendem diminuir os custos de TI com o uso de ferramentas colaborativas. Lembrando que esses números são permanentemente crescentes.
Neste contexto se consolida um grande desafio para a área da educação, especialmente como uma área ou política que tem o papel de formação de indivíduos para esta sociedade e no processo de trabalho de aprendizagem pode o Orkut, por exemplo, ser a “galinha dos ovos de ouro” ou a “pedra no sapato”.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ambiente colaborativo de aprendizagem: o que é?

A interação organizada entre pessoas que utilizam computadores ou redes de computadores como meio de comunicação, tem trazido contribuições para o desenvolvimento do pensamento reflexivo e habilidades de planejamento que são exigidas para suprir o vazio entre informação e desempenho de trabalho ou de conhecimento.
A proposta central da criação do Ambiente Colaborativo consiste em proporcionar um espaço de construção coletiva do conhecimento, onde cada participante é autor e colaborador e pode usufruir o resultado do esforço de todos. Cabe aqui ressaltar que esta concepção, por si só, não está necessariamente vinculada à Internet / tecnologia / espaço virtual. Trata-se mais de uma concepção filosófica de trabalho onde não existe obrigatoriamente uma hierarquia entre os participantes.
Esta estratégia principal é combinada com o espaço virtual proporcionado pela Internet e pela tecnologia de Sistemas de Gerenciamento da Aprendizagem online (SGA) ou Learning Management Systems (LMS), como exemplos de ambientes que podem ser indicados como referência nesses modelos são a Plataforma de EAD da Fundação Getúlio Vargas e o Ambiente E-Proinfo do Ministério da Educação.
Nesta nova realidade, o estudo torna-se mais individualizado, adaptando-se aos diferentes perfis psicológicos, formas de aprender e comportamento dos diferentes alunos. O estudo adquire maior flexibilidade, podendo ser realizado de acordo com a sua disponibilidade de tempo e no local mais adequado.
É evidente, o professor/professora precisa adaptar-se às novas tecnologias e a seu novo papel nessa sala de aula virtual. Como esta é uma mudança brusca nos paradigmas do ensino tradicional, a opção pela modalidade semipresencial atende às dificuldades de difusão e absorção das novas tecnologias, além de permitir um custo mais acessível do que nos programas totalmente à distância.
Este formato de transição não entra em choque com o modelo tradicional, apenas incorpora elementos novos ao modelo com que professores e estudantes estão acostumados, facilitando a introdução das novas tecnologias.
O desenvolvimento de materiais didáticos para uso em Ambientes Virtuais de Aprendizagem exige conhecimentos de diversos campos, como informática, programação virtual, psicologia da aprendizagem e o conteúdo específico a ser ensinado, o que pressupõe a existência de uma equipe multidisciplinar. Este novo formato de trabalho leva o professor a uma reformulação de suas práticas e métodos de ensino, de forma a obter uma mudança de qualidade significativa no processo de ensino-aprendizagem.
O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem, como o próprio nome sugere, é um ambiente virtual que favorece ou pressupõe a colaboração entre os participantes. Uma vez familiarizados com o ambiente virtual de aprendizagem (plataforma), os alunos passam a explorar as ferramentas disponíveis (tais como Fórum, Biblioteca, Chat, FAQ, Bibliografia, Arquivos para download, mural de avisos, Diário de Bordo, e etc.) adquirindo uma visão geral do funcionamento da plataforma.
O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.
Uma caso específico é do Curso de Especialização Tecnologias em Educação da PUC/RJ que tem como proposta propiciar a formadores/multiplicadores dos programas ProInfo Integrado, TV Escola, Mídias na Educação, Formação pela Escola e Proinfantil e a professores efetivos da rede pública de ensino e gestores escolares especialização, atualização e aprofundamento nos princípios da integração de mídias e a reconstrução da prática político-pedagógica realizado numa perspectiva construcionista.
A construção social do conhecimento é uma das bases pedagógicas do modelo de Ambiente Colaborativo adotado, pois permite dar forma conceitual e metodológica à ideia de tornar o aluno parte ativa no processo de construção do conhecimento, como também tornar o centro de ensino mais uma fonte de conhecimento na circularidade absoluta da rede de informações que surgem nos coletivos educacionais.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tecnologia, Inovação e Sociedade: qual a relação?

A tecnologia é tão antiga quanto a humanidade e evolui permanentemente como a própria sociedade evolui. Ela representa a utilização dos conhecimentos científicos adquiridos em prol da satisfação das necessidades da sociedade. A prova disso é que a partir do advento da ciência moderna no século XVII, foi possível aplicar os conhecimentos adquiridos até então para resolver diversos problemas que afetavam a sociedade. O homem passou a resolver problemas técnicos de uma forma mais generalizada, trocando opiniões, informações e ideias e não mais para resolver apenas problemas específicos.
A enorme penetração da tecnologia na sociedade atual resulta, assim, de uma sociedade mais aberta, de sistemas tecnológicos mais complexos e de uma dependência maior dos sistemas de informação e comunicação. Por exemplo, a informática marca sua presença na sociedade atual, a ponto de se imaginar impossível, hoje, uma sociedade sem a tecnologia da informação.
Os diversos avanços conseguidos com uso dos recursos das tecnologias da informação e das comunicações têm promovido intensas alterações em quase todos os segmentos da sociedade, especialmente aqueles que interagem fortemente com os sistemas de produção e abastecimento de bens e serviços, com os sistemas de transportes e de telecomunicações, entre outros.
Podemos constatar facilmente que a sociedade atual está sujeita a constantes transformações provocadas principalmente pela introdução de tecnologias de informação emergentes que mudam também a forma como lidamos com o conhecimento e formas de produção científica. Ocorre que alguns indivíduos se adaptam melhor e mais rapidamente às mudanças tecnológicas; outros indivíduos se adaptam, mas não de forma tão rápida e temos ainda aqueles que não conseguem se adaptar, o que gera um certo "stress".
Na realidade, esse "stress" provocado pela tecnologia não está na falta de capacidade do ser humano em se adequar às mudanças e sim, na má estruturação e disseminação da tecnologia na sociedade, tanto pelos governos quanto pela sociedade civil, notadamente pela falta de uma abordagem sistêmica e estratégica. Por exemplo, a tecnologia da informação representa um recurso e um instrumento de pesquisa e de renovação acadêmica, que beneficia professores, pesquisadores e alunos e a própria sociedade, em fim, a tecnologia na educação.
Com o advento da Internet houve um avanço significativo principalmente no que se refere à disponibilização e recuperação de informações, entretanto, ainda hoje convivemos com um alto índice de exclusão digital, com a falta de planejamento no desenvolvimento de novas tecnologias e disseminação do conhecimento, entre outros problemas.
O desenvolvimento tecnológico acelerou especialmente depois da globalização, adquirindo grande importância não só para os indivíduos, mas, também, para as sociedades em geral. Está acontecendo mudanças radicais induzidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias, nos mais diversos campos do conhecimento, o que tem aguçado o senso crítico do uso da própria tecnologia pela sociedade. Esse contínuo avanço tecnológico modifica a todo o momento os aspectos econômicos, sociais e o próprio estilo de vida das pessoas na sociedade.
A partir dos avanços tecnológicos proporcionados principalmente pelas tecnologias da informação e de comunicação, as transformações tecnológicas, organizacionais e gerenciais estão representando novos desafios para os indivíduos na sociedade em geral. Mais uma vez a tecnologia transforma não só as nossas formas de comunicação, mas também as formas de trabalhar, decidir, pensar e viver.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Orkut em um projeto de aprendizagem

Os avanços tecnológicos, especialmente falando da Internet, trazem consigo mudanças nos sistemas de conhecimento, novas formas de trabalho e influenciam na economia, na política e na organização da sociedade. Estas mudanças que esses sistemas de conhecimentos provocam na sociedade aceleram processos, tornam instantâneas muitas ações de interesses econômicos e geram um novo quadro organizacional, determinando alterações no mercado de trabalho.
A Internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a implantação da televisão. É a mídia mais aberta, descentralizada e, por isso mesmo, mais ameaçadora para os grupos políticos e econômicos hegemônicos.
A Internet também está explodindo na educação. Universidades e escolas correm para tornarem-se visíveis, para não ficar para trás. Uns colocam páginas padronizadas, previsíveis, em que mostram a sua filosofia, as atividades administrativas e pedagógicas. Outros criam páginas atraentes, com projetos inovadores e múltiplas conexões.
Um dos setores mais beneficiados com tudo isso é a educação, inclusive presencial, que pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. Com isso, as paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados, pesquisas e mensagens das mais diversas formas.
Como exemplo de uso de algum desses recursos, proporcionados pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação, propomos neste artigo um modelo de atividade, utilizando o Orkut, na qual o espaço virtual de relacionamento torna-se uma realidade dentro da escola.
A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos estudantes, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com esses estudantes. Mais que a tecnologia o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua.

Como desenvolver:
  • Para iniciar a atividade converse com os estudantes sobre o mundo virtual: sonde quem tem acesso a internet, quem gosta de se comunicar virtualmente, quem porventura não sabe usar o computador, etc.
  • Questione os alunos se gostam e conhecem sites de relacionamento. Liste os sites citados.
  • Aproveite para listar, também, os pontos positivos e negativos dos sites de relacionamento, assim como os cuidados que devemos ter ao nos comunicarmos com pessoas ainda desconhecidas.
  • Proponha transformar o espaço virtual em uma realidade, dentro de sala de aula, como uma forma de todos se conhecerem melhor. Assim, quebrará o gelo entre os alunos e facilitará a socialização, o entrosamento, além de o professor poder conhecer mais a fundo os gostos, preferências, necessidades e interesses do novo grupo.
  • Ofereça um perfil para cada aluno, tipo do Orkut, para que eles completem.
  • Organize um mural onde a margem deve ter o formato de um monitor. Pode acrescentar um mouse para incrementar.
  • Com todos os perfis prontos organize uma apresentação dos mesmos: pelos próprios alunos ou sorteie para um apresentar o outro. Pode, ainda, o professor dar pistas e o grupo ter que adivinhar de quem é o perfil.
  • Fixe os perfis no mural, montando a rede de amigos
OBS: É interessante o professor, também, completar seu perfil, participando em pé de igualdade com o grupo.


Dependendo do interesse da classe o professor pode continuar o trabalho realizando outras atividades como:
  • Criar comunidades de interesse da classe, separando os alunos em grupos, propondo que organizem as ideias por escrito e apresentem-nas aos demais.
  • Criar comunidades baseadas nas diferentes disciplinas, com temas sugeridos pelos professores. Como, por exemplo, um fato histórico, um local interessante, um escritor, um livro e etc. Para criar as comunidades os alunos terão que pesquisar sobre o tema para, depois, apresentá-lo aos demais de forma atraente, estimulando-os se associarem.
  • Permitir que os alunos se apresentem aos colegas através de fotos, vídeos e músicas preferidas. O professor pode criar um segundo mural com as preferências da classe.
  • Sortear ações como: “Beijar no rosto”, “Apertar as mãos”, “Saudar”, “Celebrar”, entre outras, para que os alunos realizem entre si.
  • Organizar uma lista de e-mails dos alunos, criando um grupo virtual – uma lista de discussão - para que possam trocar mensagens diversas, com orientação do professor que deve se propor a moderar. É possível e muito fácil criar um grupo gratuito no Yahoo ou no Google.
  • Criar, como complemento, um blog da classe para postar seus trabalhos, suas fotos, suas descobertas.

Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional. O professor não é o "informador", o que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala de aula.

Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do formador. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, ideias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em sequência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem. Portanto, cabe ao formador planejar bem o que vai ser trabalhado, orientando os alunos a analisar, comparar, separar o que é essencial do acidental, hierarquizando ideias, assinalando coincidências e divergências.
Aos formadores e/ou orientadores, cabe informar ao estudante que a pesquisa na Internet requer uma habilidade especial devido à rapidez com que são modificadas as informações nas páginas e à diversidade de pessoas e pontos de vista envolvidos. A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes.

O educador não deve simplesmente dizer ao aluno que aquele assunto não faz parte da aula. Pode pedir-lhe que grave rapidamente o que achar mais importante e que deixe para outro momento o aprofundamento desse novo assunto, para voltar logo que mais ao tema específico da aula.

•  Não convém, portanto, deslumbrar-se com a pesquisa na Internet e deixar de lado outras tecnologias. A chave do sucesso está em integrar a Internet com as outras tecnologias - vídeo, televisão, jornal, computador. Integrar o mais avançado com as técnicas já conhecidas, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta.
•  Criam-se todos os dias mais de cento e quarenta mil novas páginas de informações e serviços na rede. Há informações demais e conhecimento de menos no uso da Internet na educação. E há uma certa confusão entre informação e conhecimento. Temos muitos dados, muitas informações disponíveis. Na informação os dados estão organizados dentro de uma lógica, de um código, de uma estrutura determinada. Conhecer é integrar a informação no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a, tornando-a significativa para nós. O conhecimento não se passa, o conhecimento se cria, se constrói.
•  A Internet é uma ferramenta fantástica para abrir caminhos novos, para abrir a escola para o mundo, para trazer inúmeras formas de contato com o mundo. Mas essas possibilidades só acontecem se, na prática, as pessoas estão atentas, preparadas, motivadas para querer saber, aprofundar, avançar na pesquisa, na compreensão do mundo. Quem está acomodado em uma atitude superficial diante das coisas, pesquisará de forma superficial. 

Tecnologia da Informação e da Comunicação

Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem).
O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. No entanto, foi a popularização da internet que potencializou o uso das TICs em diversos campos.
Através da internet, novos sistemas de comunicação e informação foram criados, formando uma verdadeira rede. Criações como o e-mail, o chat, os fóruns, a agenda de grupo online, comunidades virtuais, web cam, entre outros, revolucionaram os relacionamentos humanos.
Através do trabalho colaborativo, profissionais distantes geograficamente trabalham em equipe. O intercâmbio de informações gera novos conhecimentos e competências entre os profissionais.
Novas formas de integração das TICs são criadas. Uma das áreas mais favorecidas com as TICs é a educacional. Na educação presencial, as TICs são vistas como potencializadoras dos processos de ensino – aprendizagem. Além disso, a tecnologia traz a possibilidade de maior desenvolvimento – aprendizagem – comunicação entre as pessoas com necessidades educacionais especiais.
As TICs representam ainda um avanço na educação a distância. Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos têm a possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências. Os professores e/ou tutores tem a possibilidade de realizar trabalhos em grupos, debates, fóruns, dentre outras formas de tornar a aprendizagem mais significativa, numa perspectiva construcionista. Nesse sentido, a gestão do próprio conhecimento depende da infraestrutura e da vontade de cada indivíduo.
A democratização da informação, aliada a inclusão digital, pode se tornar um marco dessa civilização. Contudo, é necessário que se diferencie informação de conhecimento. Sem dúvida, vivemos na Era da Aprendizagem e da Informação.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A teoria do construcionismo e a tecnologia na educação

O construcionismo é uma teoria proposta pelo cientista Seymour Papert, e diz respeito à construção do conhecimento baseada na realização de uma ação concreta que resulta em um produto palpável, desenvolvido com o concurso do computador, que seja de interesse de quem o produz.
A esse termo frequentemente se associa o adjetivo contextualizado, na perspectiva de destacar que tal produto - seja um texto, uma imagem, um mapa conceitual, uma apresentação em slides - deve ter vínculo com a realidade da pessoa ou com o local onde será produzido e utilizado.
O construcionismo implica numa interação aprendiz-objeto, mediada por uma linguagem de programação, como é o caso do Logo.
O referido termo também é trabalhado em uma perspectiva denominada crítica, onde Alipio de Souza, professor de Ciências Sociais da UFRN e colaborador do programa de pós graduação em Filosofia na mesma universidade, propõe o construcionismo crítico como uma vocação das ciências humanas, tomando a realidade como construtor social passível de uma abordagem geral por diversos teóricos que partilham desse preceito comum, numa perspectiva de que a realidade se constrói socialmente mediante o concurso da ação humana.
O construcionismo é uma teoria que tem como base o construtivismo e, portanto vê o aluno como construtores de suas estruturas intelectuais. No entanto, o construcionismo inclue a necessidade de construção de um artefato externo.
A seguir, algumas relações que podem ser estabelecidas a partir das bases construcionistas:
Conceito de aprender – construir relações.
Como se aprende – levantamento de hipóteses, teste, re-elaboração das hipóteses, novo teste... processo recursivo.
Papel do aprendiz – agente, construtor, aquele que levanta hipóteses, testa e cria.
Ensinar – facilitar, através da criação de um ambiente cuja tônica seja a proposição de desafios, desequilíbrios e questionamentos que ponham em cheque as hipóteses do aluno, ajudando-o na sistematização dos resultados.
Papel do formador – provocar o aluno a pensar sobre o objeto de estudo, indagar o aluno sobre o que está ocorrendo e o que ele pensa que vai ocorrer; propor diante de situações novas comparações com situações conhecidas; estabelecer com o aluno, uma relação de companheirismo e cordialidade.
Conceito de erro – resultado inesperado. Algo para ser estudado e para se refletir sobre.
Avaliação – acompanhamento das hipóteses do aprendiz, do seu raciocínio cognitivo, estratégias que utiliza para que seja encaminhado ao próximo passo.

domingo, 17 de abril de 2011

Tecnologia na Educação: problema ou solução?

Diversas dúvidas quanto ao uso das tecnologias na escola vêm sendo alimentadas a cada ano. Qual a finalidade? Por que utilizar? Qual a efetividade? Quais resultados são possíveis de atingir? Quais resultados queremos atingir? Como utilizar? Quem deve estar envolvido com esse processo?
De fato, o que se tem presenciado na maioria das escolas é uma insatisfação quanto aos benefícios dessa prática. Gastou-se muito e efetivamente os resultados obtidos ficaram longe do desejável. E agora? Sabemos que não se pode simplesmente ignorar as tecnologias, pois uma coisa é fato: elas estão presentes em todas as áreas e se expandem numa velocidade cada vez maior.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) propõe uma prática educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Podemos entender, então, que a utilização efetiva das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. É importante diminuir a enorme distância que existe entre o que o mercado de trabalho pede e as habilidades e competências do profissional que está se formando. O mercado precisa de pessoas que pesquisem, que questionem, que saibam realizar suas atividades de forma autônoma, que tenham iniciativa, que sejam capazes de resolver problemas. A utilização das tecnologias, no mundo atual, está fortemente inserida em todas essas exigências de mercado. Além disso, nunca houve tanta informação e conhecimento disponíveis num espaço de tempo tão curto.
Muito já foi discutido sobre o uso das tecnologias e do computador na Educação. Com base em todas as discussões e experiências realizadas, confirmou-se que tais recursos devem constituir-se em ferramentas para apoio e desenvolvimento da aprendizagem acadêmica. Ou seja, o objetivo não é fazer com que os alunos aprendam informática simplesmente, e sim que aprendam melhor português, matemática e as demais disciplinas a partir do uso do computador e da internet. Mas, como?
A nosso favor, temos uma grande vantagem que deve ser bem explorada: nossos alunos têm disposição e interesse por projetos e atividades que utilizem recursos tecnológicos. O ato de gostar equivale ao ato de querer conhecer, ou seja, temos mais chance de explorar a aprendizagem do aluno quando propomos atividades que têm significado para ele.
Ao desenvolver uma proposta pedagógica eficiente para a utilização das tecnologias na escola, tão importante quanto a riqueza e o encanto dos recursos oferecidos em determinado educativo multimídia ou site educacional, é a elaboração de um planejamento adequado para a utilização dos recursos computacionais e para a produção de resultados. Por mais rico em animações, vídeos e conteúdo que um aplicativo seja, ele não produzirá resultado algum se não for trabalhado de forma a contribuir para a aprendizagem do aluno. O problema é que o professor parece dispor de pouco tempo para planejar, estudar e avaliar seu próprio trabalho. Segundo os japoneses, nós devemos gastar 80% do nosso tempo planejando e 20% executando; infelizmente em nossa cultura realizamos uma prática contrária a essa.
Conciliando o útil ao agradável, uma forma efetiva de elaborar um planejamento adequado para o uso das tecnologias pode ser encontrada no desenvolvimento de projetos de investigação e empreendimento; trata-se de uma oportunidade de se trabalhar, na prática, a teoria do "construcionismo" ou do "aprender fazendo", do Dr. Seymour Papert. Ora, se os alunos gostam de tecnologia e se sabemos que o trabalho com projetos é uma prática eficaz para estimular o desenvolvimento de habilidades e aplicar o sentido significativo de aprendizagem - ao invés da simples transmissão de conteúdos -, temos então uma excelente oportunidade de utilizar a informática contextualizada ao ensino.
Num projeto que viabilize o uso das tecnologias, podemos trabalhar a problematização, o levantamento de hipóteses e a investigação de um determinado assunto através da utilização de educativos multimídia e do desenvolvimento de pesquisas na Internet, enquanto a produção do empreendimento, resultado do projeto, pode ser realizada a partir dos softwares de autoria e de produtividade. Podemos citar, como exemplos de empreendimentos, a montagem de um livro de parlendas, a produção de um CD-ROM sobre educação ambiental, a elaboração de uma campanha sobre dengue em quadrinhos ou mesmo o desenvolvimento de um site sobre o descobrimento do Brasil. Pode-se ainda, a produção de vídeos (filmes ou minidocumentários) e imagens para socialização e divulgação no Orkut, bem como a produção coletiva de textos.
Outra questão tão importante quanto a geração dos resultados a partir da utilização das tecnologias é a divulgação dos mesmos. Trata-se da grande oportunidade de dar visibilidade ao trabalho de informática realizado na escola e de trabalhar a motivação de alunos e professores.
Entramos agora na grande tônica da utilização efetiva das tecnologias na escola. Se precisamos planejar e contextualizar a aprendizagem de determinado conteúdo, o personagem principal para ser o gestor deste processo deve ser o professor... Mas ele está preparado para este desafio?
Diferente dos alunos, os educadores de hoje não nasceram nem se formaram numa realidade de tamanha evolução da tecnologia e dos processos de interatividade. Segundo Barbero, "os professores precisam ficar atentos ao grande hiato que está se formando entre eles e os alunos, pois continuam transmitindo conhecimento linearmente, separando emissor do receptor".
Entretanto, se o professor parece ser o grande problema, ele é antes de tudo a grande solução. Se queremos viabilizar uma utilização pedagógica da informática, é fundamental desenvolver uma parceria com o professor.
O "aculturamento" tecnológico do professor deve partir fundamentalmente da vontade própria de se atualizar (só se faz bem feito aquilo que se quer fazer). Sobretudo, é importante saber que capacitar o professor para usar o computador não basta. É preciso de fato orientá-lo para usar o computador como ferramenta pedagógica (ensinar a preparar aulas, desenvolver projetos, elaborar planejamentos, criar ambientes colaborativos de aprendizagem, etc).
Existe ainda a questão da resistência. Alguns professores ainda acreditam que as tecnologias podem "roubar" seus postos de trabalho. Na realidade, quem "rouba" o lugar de um professor não é a tecnologia ou qualquer outro instrumento, mas, sim, um outro professor mais preparado como gestor do processo de ensino e aprendizagem, que inclui, entre outras aplicações, a utilização das tecnologias. Hoje em dia, na área da Educação, saber utilizar as tecnologias ainda é um diferencial competitivo, mas, em breve, será apenas um pré-requisito, como já acontece em outras profissões, como Arquitetura ou Engenharia (o arquiteto que não usa o computador está fora do mercado pois não é produtivo). É importante que o professor esteja consciente de que os alunos de hoje que optarem por serem professores no futuro já terão esse know-how naturalmente. Provavelmente aí esteja o "timing" da transformação do diferencial em pré-requisito.
Os desafios para realização de um trabalho eficiente em relação ao uso das tecnologias da informação e comunicação no espaço educacional são grandes, mas na mesma proporção, a utilização adequada das tecnologias representam uma oportunidade ímpar de inserir a escola como uma instituição voltada para a criação de ambientes colaborativos de aprendizagem e, consequentemente, para o desenvolvimento de habilidades que se tornem competências nos alunos. Em um mercado competitivo como o Educacional, a escola que desenvolver uma proposta eficiente e de resultados com o uso das tecnologias, certamente terá um referencial que fará a diferença.